quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Estpetica do morro

A estética da “comunidade” nunca foi tão cotada, bolsas recicladas, garrafas pet, é o novo mote dessa selvagem vida do capital, a moda se veste de chita, transparecendo uma suposta humildade, as sandálias (nada humilde, no processo do fetiche) são feitas por mulheres em comunidades, porém ainda vendidas por vários cifrões em butiques de marca, ou seja, as tais mulheres que ganham um bolsa auxilio de menos que um salário mínimo, nunca talvez terão oportunidade de comprar o próprio produto, você dinossauro do pensamento social, já viu esse filme não é?



É onde essa água suja do capital está escoando, usando a mascara de “sustentabilidade”, “amigo da sociedade”, “padrinho dos pobres!”, pra sair “bem na fita” econômica por todas as vias, na primeira via como um resgate do espírito salvacionista desse nosso território paradisíaco-jesuítico, explicado pelo mito fundador de Chauí. Na outra via economizando muito com essa nova categoria de mão de obra, movida pela indústria cultural, e por falar nela, a imprensa tem nos procurado muito aqui “da ponte pra cá”!

Com olhar de gaviões, pois cada dia mais as empresas tem pedido pautas sociais, para agregar valores em vossas marcas, digo isso em segunda pessoa, mas poderia ter dito em primeira,afinal cada um de nós somos empresas, e produtos deste nosso “lindo”mundo!



Essa tal industriazinha, está agregando marca demais para meu gosto ultimamente! Impulsionadas pela crise que vem em 2012, se vocês forem perceber o movimento econômico a crise será maior, o IPI já esta reduzindo novamente, bancos estão desesperador por investidores, a vovó Europa esta com o pé na cova! Nada melhor do que como uma jogada de mestre, virar uma empresa voluntária, que doa 3mil reais coloca seu logo até na cueca do atendido e sai lindo na capa dessas novas revistas do bem! Sim são eles os maiores patrocinadores, da divida do povo, e da “ajudinha”



Culpa? Não jogada de mestre!



Muito estranho “do nada” todo mundo quer ouvir a voz do morro, até um personagem “supostamente” porta voz, virou hit em redes sociais.



Suponho que este movimento não seja para saber como viver com um salário mínimo por mês, ou como viver em momentos de crise já que as condições histórico sociais, levaram, estas pessoas a condições de crises eternas financeiras, não, não, não é isso pois ainda há o desrespeito, a pessoa que acha que está ajudando, ainda se sente muito superior, ainda fala “ Com tanto emprego por ai, esse pessoal sem fazer nada, só fazendo filho!”. A desumanidade ainda impera nesse sistema global fantástico, onde parece que, todos têm tudo à mão.



A estética do feito em casa ou, artesanal, somada à reciclagem está, imperando a indústria cultural, é barato, podemos explorar moradores de rua que não custa nada, porque não pensei nisto antes! Exclama o capital!



Mais vai pensando que o povo é burro, vai pensando que agente samba só na avenida, não quando termina a festa é ai que somos de verdade, e se segura senhor capital, a festa nem começou, fingimos nas suas fotos, mas quando estamos aqui de carne e osso, percebemos seu movimento! Temos olhos de fera, e espírito de liberdade, sabemos muito BEM nos emancipar, me ensina a fazer renda que na minha rede coloco quem confio, e trago a autonomia e a legitimidade da comunidade na mão! Sou de verdade! Não tento pegar a parte mais bonitinha de mim, e vender como verdade! Tudo

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