segunda-feira, 23 de agosto de 2010

CAMPANHA ... continuem meu livro

em 2002 comecei a escrever esse livro Baseado em fatos virtuais queria que alguém de boa vontade continuasse para podermos publica-lo

Meck dona da comunidade psicotrópica
Pessoas saudáveis neste mundo, são pessoas que vivem com os sintomas indesejáveis do ecstasy, sem nunca te-lo tomado

Baseado em fatos virtuais

Toda carcaça é feita de partículas, que se acoplam entre si e compõem algo disforme, compõem não!A palavra é, aglutinar, o que é chamado de corpo. Não temos forma nenhuma apenas temos nomes, apague a luz e tente diferenciar um cabideiro de um ser como nós, calor? Não aqui!

Os perímetros eram explorados e estimulados por aquelas mãos, o cérebro era subvertido a acreditar no sentimento daquelas mãos, por vezes sólidas por vezes morta,
pronta para ser consumida por apenas 50 feels numa escala percentual de amores e ódios.
Era mais uma tarde, tudo era à tarde, que não nos dava possibilidade nenhuma de amparo tudo estava congestionado, a pizza demorava a sair, um encontro mais tarde que não chegava nunca. Mas por enquanto estava divertido, aquela puta era muito boa, come-la seria um alívio, era barata e profissional, 50 feels e boa desse jeito, não era para qualquer um, e ainda cobrar só 30% dos impostos de happer, maravilha.Um pií curioso soa de baixo da mesa, A pizza! Cortou o T, desliguei, sem pegar o troco, da pizza é claro... O atendente ficou com um saldo de 3 feels, sacanagem, não? Vamos ser misericordiosos, só 3 feels, não é ?
E a rede congestionada,só a pizza demorou 00:40:12, e ainda estava sem tinta! Caralho! Alguns grãos de soja + uns poucos brócolis + beterraba! Hoje eu tava afins de extrapolar, então pedi a beterraba, tenho que sustentar meus 40 quilos, modéstia parte, bens distribuídos, após a cirurgia, que inclusive ainda estou de recuperação!
Estava esperando a mais de 00:30:00, ele falou que iria chegar mais a tarde, que demora, meus feels por ele estão se esgotando, daqui a um pouco eu desisto, quantas pessoas eu não posso conhecer por ai. Afinal num mundo como esse todos fazemos parte da mesma coisa, sem esquecer é claro de que usa o poder privado-virtual! Mas isso bem longe de mim. E por falar em indigência preciso ir ao banco urgente, está vergonhoso, vamos lá COMUNIDADE FEELS.Br sempre esqueço da letra maiúscula, bancos e empresas sempre letra maiúscula...ainda mais um banco de domínio Br.Vamos lá: coloque a mão na tela, analisar os feels semanais, upgrade. . . 55% 70%, 100%, pronto,
O quê só isso! Vou verificar o saldo:

Saldo calculado feels []

12 340 visitantes ---------------- 300 
45+1 fã --------------------------- 45+1 /mês
plug – in ------------------------- - 120 
7 orgasmos ------------------------ 350 
1 yup não identificado ------------ 30 - 0,50 
saldo de IHS ---------------------- 60 
1 processo ------------------------ -100 
1 transplante --------------------- 700 
50% ISH – 70  IAA --------------- - 350 
1 serviços ------------------------ - 50 
35 % ISH -------------------------- -17,50 
Alimento -------------------------- - 20 
5% IHS ---------------------------- 4 
FEELS ----------------------------- 796 

Aquela virtuavaca! Logo devia ter percebido o ponto fraudado em sua buceta, cobrar 5% a mais pelo serviço! Puta sem felicidade é assim mesmo, foda literalmente, eu é que deveria ter cobrado é uma pobre coitada sem coração louca atrás de um transplante, também era toda costurada não devia ter dinheiro nem para atadura, aqueles cinqüenta feels dei de caridade.
Que isso ! Nunca vi uma casa com tanto pop – up: novos plug ins para melhorar o desempenho sexual e ter mais lucro, como fugir do roubo de pontos, esse outro pede para apenas pessoas com o 4° grau completo entre na sua comunidade, pois quer agregar valor. Nossa olha esse aqui: “ Sou mendigo virtual preciso ganhar feels, por favor me dê qualquer coisa um pouco da sua felicidade é o meu pão de cada dia” ... Não há mais nada para inventar por que não vai trabalhar vendendo seus órgãos ou plasma, MVs, ou se ataca lá fora e desliga, sei lá, vem encher o saco de quem já tem a vida feita! Caralho! Deveria ter um plug – in antipropaganda, mas a comunidade deste mundo diz que “todos têm o direito a felicidade para o auto sustento”, fazê o que.
Preciso urgente de um novo plano meu saldo tá muito baixo, devo diminuir os processos, e comprar mais MVs, ainda bem que meu transplante de membro superior foi um grande negócio, só tenho horror de lembrar a cara de quem recebeu meu braço velho, mas é melhor nem ficar triste não posso perder feels de bobeira.
De resto para o atilho 00:15:00 foi o suficiente, esse novo método de clonagem de célula local é muito bom sinto que esse braço já é meu, mas é lógico eu paguei por ele!hahahaha. Aliás, ele é lindo moreno, como se eu tivesse ido até a praia que eu vejo nos sites de história, e o melhor, o doador já era musculoso, o que quer dizer que: não preciso mais freqüentar aquela tortura cerebral de repetitiva... 1 sou bonito!, 2 sou bonita! 1 sou bonito!, 2 sou bonita! 1 sou bonito!, 2 sou bonita!, ficar repetindo junto com mais 1000 alunos essas frases é um saco, cansa a minha beleza. Porra!

E aquele moleque que conheci ainda não chegou...Opa!

!!Você tem mensagem!!Deve ser ele!!
- Eai posso entrar
- deixo vê?
- ...
- pode vai, mais vc me deve 50 feels
- poxa eu só atrasei um pouquinho gata, lindo!
- naum adianta elogiar, eu to brincando fique avonts!

Finalmente ele chegou! Encontrei – o na comunidade de bobeira, ele era um visitante acabei conquistando. Se não for bom também eu mando embora já abusou muito da minha paciência:

- Eai quer conhecer meu desk
- Opa bora lá!
- Aki eu guardo minhas músicas qué ouvir!
- Algo que nos alegre sempre é bom
- Mto bom!Que tal roda uns antigos MP4!
- Esse é nostálgico hem! de antes da ...
- Nem me lembra essa música tocava muito na balada
- Toma alguma coisa, eu tenho alguns MVs
- Naum eu toh parando acho meio desonesto
- O que?!
- Fingir a felicidade!
- Mas linda é por uma boa causa, para relaxar, naum vamos pensar nos lucros que vamos ganhar com isso, fraudar pouquinho naum acusa no saldo, mas se te deixar mais triste d q feliz, eu naum ofereço mais.
- Obrigado mais, naum to afim mesmo, pena que a bebida foi considerada prejudicial, eu me sentia até bem, mais comecei a perder feels, e visitantes...
- Vc sabe como é, “ trás mais prejuízo do q felicidade: é descartado ”, é quase que natural.
- Pois é!
- Eu comprei pizza!
- Isso eu quero!
- até a cozinha então!

Acender uma vela, arrumar a mesa, esquentar a pizza, colocar o plasma no copo


- Prontiho!
- Beterraba!
- É pq vai me dizer que também não gosta!
- Naum adoro! Naum é muito calórico
- Deixa pra lá o médico disse que a minha happer na recuperação da cirurgia depende dos meus prazeres
- Prazeres...

Depois de goles de plasma.

- Vamos transar!
- Logo!

A língua inóspita contornava minha orelha, arrepiava a pelugem do único braço que estava inteiramente ligado ao corpo, mas sem muita emoção, as carícias frias e cautelosas vinham em direção ao meu membro implantado, admirando o como parte de si, então penetrou na minha pele rasgou a minha epiderme fraca e aglutinou nossos corpos no turbilhão do prazer de cores diversas que passava naquele instante pela rede, ele forçou nossos corpos, juntando nossas partículas com a densa massa virtual de cor, ora amarelo ouro, ora roxo púrpura, esse movimento em conjunto com outros amantes que faziam sexo naquela seção, aumentou a temperatura da região inferior, a ficção fez com que o mínimo calor refletisse na pele a deixando rubra, uma bola incandescente no espaço, isso que viramos.
Mãos e pernas desconhecidas entravam e saiam de nossos corpos, um movimento violento, tomou conta de nós e começamos a chupar – nos até sentir o gosto do plasma o sexo, tudo foi ficando perigoso quando um bando oportunista quis desfrutar dos feels desprendidos, nos recolhemos num canto e voltamos ao portal de casa, mas a violência estava ótima, penetrávamos com força, no âmago, de nosso próprio prazer, o relógio começou a disparar quando:

- oooooohhhhhhhh!
- AnhAAAAAAaaaaaaa!

Mais um orgasmo bem sucedido na semana 00:03:00.

- Vc é um bom negociador!Aquele pseudônimo é o seu nome
- naum gosto de revelar o nome na primeira transação.
- Ok então agente c vê
- Vc tah na minha prateleira sabe onde me achar


Esses 50 feels vão garantir um saldinho para mais tarde.

Vamos navegar um poquinho, Barco, Um passageiro, comunidade paralela MVs
Esse lugar é sujo, zumbis despedaçados, por doarem seu corpo para transplante foram tomados pelo vício e se perderam no jogo de trapaça da vida, todos azuis escuros, olhos fundos e negros por inteiro, o corpo rastejava com finas camadas de plasmas circulando desenfreados sobre eles tão errantes quanto elétrons de desesperos rodeando núcleos vazios (como os antigos modelos exposto nos livros de ciência), caminham em minha direção sem oferecer risco, o típico exemplo de pessoas mal sucedidas sem uma comunidade sustentável, e sem medidas para o prazer, são erros de cálculos, afinal todos estamos um dia fadados ou a desligar assim, sair lá fora ou continuarmos em nossas casas com desks, orgasmos e tardes intermináveis. Um dia ainda ganharei mais fãs ao abrir uma comunidade de filosofia dos Zumbis MVs, é uma boa idéia.Mas sei que desses nem o plasma serve, não excluindo a grande lei “se existe está dentro”, não devemos desconsidera-los.
Bom! Vou procurar meu vendedor. Hoje são 3 caixas para donwload e tenho essa garrafa de plasma novo, mais um ponto com 40 feels, e 40 g de celulose sem adição alguma.Que foi malukinho 4 zero de celulose, como! Isso, descubra você o ID, eu posso perder muito se contar para você tenho que me sustentar com 1000 feels por semana, não posso revela-lo a comunidade da celulose, é muito restrita e você ... Por que estou perdendo meus feels com você, passa logo essas caixas! Você não sabe com quem se mete! Tome, volte para sua comunidade, mas para o seu bem. Não deixe marcado o caminho!hehe.Os ladrões de pontos estão fluindo Alá vontê por ai. (ar de sarcasmo)
Tenho que trocar de comprador esse cara tem aspecto de sapo boi, bem que me disseram ele fez um transplante e agora ficou pior, os braços desproporcionais poderá também jogou suas partículas nesse lixo de comunidade, esse é um que merece a extradição, ou morte por dar prejuízos a nossa felicidade! Credo tanta feiúra! Mas um ótimo negociante de MVs, já estou em casa e nada me aconteceu. Tenho que trocar a cor desse lugar está demasiadamente escuro, essa cor me lembra aquele lugar, do qual estou infelizmente fadado a ir, em busca de doses a mais. Vou colocar um laranja, isso atrairá mais visitante, para o desk.
Opa! Falando em visitantes.
Aviso não aceite qualquer um ! Uma onda de homicídios está assombrando as redes de comunidades! Vem na comunidade do Amadeu sua felicidade sou eu! Quer descobrir o que tem lá fora, sem gataca. Entre aqui! Pussys pussy, yellow pussy, smell pussy, little pussy, big pussy! …
Só lixo 1200 pop – ups, hoje tah fraco, você acha não existe isso de assassinato, minha casa é bem protegida, tenho plug – in de cão de guarda e alarme no desk ninguém se atreveria!Qual é o loco que me sugaria e arrancaria meu ponto, o tenho muito bem escondido, o ponto do pulso é só de ligação.
O melhor a fazer é estudar, esta hora o movimento de visitantes é fraco mesmo.Vamos lá comunidade estudantil de MKT uni , faltei a semana inteira, vou lotar minha casa de arquivos, como se vender.lif, pop – up é a chave do negócio.lif, história do MKT unitário.lif, download, pronto! Quase toda a matéria, com esse plug – in pirata de leitura dinâmica eu ligo o complexo memorial ao desk e absorvo tudo, ai estudar é um saco!
Lif abrir, absorver... esse programa não pode ser absorvido! O

que!!! Vamos de novo , ABSORVER.......... Porra!!!
Ai ai suculento saber, pena esse plug – in pirata durar só 00:00:30, podia aproveitar mais e desencanar dessa porra de comunidade estudantil! Mas ké isso! Ai uuhupdfuhhjóhuhdjjhpdihjpçpgtihu um vírus um vírus de ponto preciso me desligar aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa SPLOC! Ai será que consegui... que tontura, meu braço ta parecendo o outro que eu tirei cheio de manchas roxas e ventas prazer. Caralho ké isso um zumbi na minha frente não! Que horrível essa gengiva em carne viva, essa cara disforme NÃOOOOO!
...............................
saldo final 3 


Maluco!
Que depressão! Que angústia! É como olhar para si e não sentir nada, viver sem ... o que eu faço grudado aqui, o que tem lá fora, OQUE?
CADÊ MEU DINHIERO, ONDE ESTÁ MINHA FELICIDADE?
Entrar novamente aqui eu não vou, quero ir embora quero me desfazer desse desk, uma onda, que me leva cor púrpura, onde há um backup da minha memória, deixa meus sentidos já mortos em torpor, qualifica minha sede de morrer, e me tornar finalmente o que nunca deixei de ser uma passagem um canal de alimento... AH!
Os sinos da igreja tocam enfraquecidos, debaixo dos escombros lá de fora, já são seis, e essa cidade ectoplasmática, me avisa disso, seis fim do antigo horário comercial, começo do novo turno de mortes, e vendas.
O caminho é esse me aprimorar, adiquirir valor de mercado e nunca mais depender destas gambiaras que se acabam com esses vírus zumbis. Que horror, gentinha nojenta!
Vou ao trabalho me viro a noite embora muito abastado pela adoção tenho que pagar meus MVs, sou garçom em um buffet de sais minerais e vitaminas, coisa de gente macrobiotica ficam horas mastigando aquelas capsulas, há pesquisas que comprovam que mais de 100 mastigadas ao invés de aumentar suas calorias repões 3 feels, bobagem bem sei do que o cozinheiro repõem o bolso... essas capsulas na verdade são produzidas sem higiene alguma e para ganhar a clientela são bombadas com um pequeno ingrediente secretinho do chef... Macrobióticos... gentina! Mas é serviço facil é só vestir meu uniforme wallpaper padrão, com aquelas cores assombrosas em vermelho e amarelo (a anos luz falam que essa combinação dá fome) e vu Alá... seu pedido por favor... essas novas redes de fastwebfood, escolha o numero, 1 capsulas de vitamina E, somadas a verdinhas e feitas de 100% de soja de acido assorbico, conbinadas a uma proção refrescante de vitamina A e nitrogênio, muita gente pede pra viajem mas eu não recomendo embora não possa digitar isso, as vitaminas Cs sempre chegam no desk da pessoa com algum defeito, e meio gastas... o importante agora é me virar, sei que trabalhar não é recomendado pelo Ministério da saúde uma vez comprovado que isso com certeza nos tira os feels, mas o saldo que recebo compensa um pouco, isso me basta, já que abidiquei a muito de transar com alguém, me apeguei muito a uma transa embora isso seja proibido, digo até em voz baixa, “me fidelizei” a um desk a muito tempo atrás, quase fui bloqueada, agora estou dentro da lei, trabalho ganho meus feels sussegada, mas nunca mais vou me meter nessa ainda mais com essa onda de assassinos, eu mesmo presenciei um cliente sendo abduzido de sua maquina, dei o fora na hora...

Trabalho só o permitido por lei uma a duas horas por semana, pois o lazer é obrigatório logo que temos que alimentar o sistema de consumo com nossos feels e como alimentar o sistema se a alegria nossa de cada dia, alias é uma lei antiga, é permitido por lei e quando havia estado, a introdução de consoles e emuladores de games em cada desk de escola publica, alias todas eram publicas abertas ao povo, lógico a todos que dão rendimento necessário a escola, era necessário a alegria, lógico desks que vendiam MV’s logo na entrada do login era básico todo o estudante dos 2 anos que nos obrigam a estudar, conhecem um desk proibidão de MV’s, mas já que a escola tem grade aberta aprendemos sobre isso também, mas tudo tendencioso, já que para ser um ensinador deve-se associar-se a um deck do MEC e há lógico filtros de conteúdo, muito difices de hackear, bom mais isso é passado sai da escola a um tempo já, graças a resumos e downloads que fiz de paginas piratas da escola...hehehehehe como até hoje os dinossauros do ensino não conseguiram controlar isso ?

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A Liga - Band - Parte 2 - 04_05_2010


no bom prato a comida para quem não tem renda alguma é de graça, http://www.codeagro.sp.gov.br/bom_prato, já comi lá tem prato, suco, sobremesa, enfim talvez não seja muito divulgado já que se todos fossem comer lá.... os pagantes se sentiriam mal, enfim, os pagantes quem tem dinheiro é sempre melhor tratado, excluimos da nossa compreensão que todos nós somos humanos, e que infelizmente precisamos trabalhar para ter respeito, e dinheiro... se estas coisas já não são as mesmas coisas, mas é o seguinte também existe uma cultura de se proteger do conflito, se você vê um morador de rua do seu lado você vai se esquivar, você vai tentar esquecer, pois é uma possibilidade viavel, pode dar uma merda na sua vida e aquelecenário pode ser seu... o morador existe para existir o cara que tá lá no topo o desequilibrio é esse, temos que acabar com o valor do dinheiro, e todos morar na rua, notaram que até a agua tem preço? um morador de rua quando não vem acompanhado de uma balinha ou goma de mascar na mão... não tem preço nenhum, só o preço da sua culpa, ou pena... o negócio não é sair distribuindo dinheiro, mas lutar para os valores acabarem, para o dinheiro não ser mais importante que a vida de alguém, como agente faz todos os dias se submetendo as ordens do sistema capitalista, individualista, desumano

segunda-feira, 24 de maio de 2010

textos retirados do site COMPANHIA LATÃO

http://www.companhiadolatao.com.br/html/manifestos/index.htm

Arte Contra a Barbárie
Os grupos teatrais Companhia do Latão, Folias D'Arte, Parlapatões, Pia Fraus, Tapa, União e Olho Vivo, Monte Azul e os artistas Aimar Labaki, Beto Andretta, Carlos Francisco Rodrigues, César Vieira, Eduardo Tolentino, Fernando Peixoto, Gianni Ratto, Hugo Possolo, Marco Antonio Rodrigues, Reinaldo Maia, Sérgio de Carvalho, Tadeu de Sousa e Umberto Magnani, vêm a público declarar sua posição em relação à questão Cultural no Brasil:
O Teatro é uma forma de arte cuja especificidade a torna insubstituível como registro, difusão e reflexão do imaginário de um povo.
Sua condição atual reflete uma situação social e política grave.
É inaceitável a mercantilização imposta à Cultura no país, na qual predomina uma política de eventos.
É fundamental a existência de um processo continuado de trabalho e pesquisa artística.
Nosso compromisso ético é com a função social da arte.
A produção, circulação e fruição dos bens culturais é um direito constitucional, que não tem sido respeitado.
Uma visão mercadológica transforma a obra de arte em produto "cultural". E cria uma série de ilusões que mascaram a realidade da produção cultural no Brasil de hoje.
A atual política oficial, que transfere a responsabilidade do fomento à produção cultural para a iniciativa privada, mascara a omissão que transforma os órgãos públicos em meros intermediários de negócios.
A aparente quantidade de eventos faz supor uma efervescência, mas, na verdade, disfarça a miséria dos investimentos culturais de longo prazo que visem à qualidade da produção artística.
A maior das ilusões é supor a existência de um mercado. Não há mecanismos regulares de circulação de espetáculos no Brasil. A produção teatral é descontínua e no máximo gera subemprego.
Hoje, a política oficial deixou a Cultura restrita ao mero comércio do entretenimento. O Teatro não pode ser tratado sob a ótica economicista.
A Cultura é o elemento de união de um povo que pode fornecer-lhe dignidade e o próprio sentido de nação. É tão fundamental quanto a Saúde, o Transporte e a Educação. É, portanto, prioridade do Estado.
Torna-se imprescindível uma política cultural estável para a atividade teatral. Para isso, são necessárias, de imediato, ações no sentido de:
Definição da estrutura, do funcionamento e da distribuição de verbas dos órgãos públicos voltados à Cultura. Apoio constante a manutenção dos diversos grupos de Teatro do país. Política regional de viabilização de acesso do público aos espetáculos. Fomento à formulação de uma dramaturgia nacional. Criação de mecanismos estáveis e permanentes de fomento à pesquisa e experimentação teatral. Recursos e políticas permanentes para a construção, manutenção e ocupação dos Teatros públicos. Criação de programas planejados de circulação de espetáculos pelo país. Este texto é expressão do compromisso e responsabilidade histórica de seus signatários com a idéia de uma prática artística e política que se contraponha às diversas faces da barbárie - oficial e não oficial - que forjaram e forjam um país que não corresponde aos ideais e ao potencial do povo Brasileiro.
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MANIFESTO PELA LEI DE FOMENTO
A suspensão do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo anunciada pela atual Secretaria de Cultura não é só um ato de regressão autoritária, mas um símbolo da miséria das políticas culturais no país. Vem reforçar a imagem da Cultura como desperdício, como desnecessidade, direito exclusivo dos que podem por ela pagar.Em nome de um formalismo jurídico sobre a dotação orçamentária e sem nenhum amparo no debate público, a suspensão descabida da Lei de Fomento revoga uma decisão unânime do Legislativo, sancionada pelo Executivo, e desmonta uma conquista histórica do teatro paulistano. Aceita as ordens esterilizantes da razão financeira e fecha os olhos a um dos raros florescimentos artísticos de nossa época. Em sua breve existência, a Lei de Fomento é um exemplo único de ação do Estado no campo da cultura. É direta, sem qualquer dirigismo: delega aos coletivos de trabalho a liberdade e a autonomia da formulação poética. É descentralizadora mas nunca populista: estimula a ampla circulação da qualidade. É transparente e tem foco nítido: seu critério de valor é a pesquisa coletiva de quem se dispõe ao diálogo entre arte e sociedade.Na comparação com outras leis para o setor - como as de incentivo através da renúncia fiscal - a verba destinada ao Programa de Fomento ao Teatro é muito pequena. No entanto é ela que garante a liberdade e a autonomia dos artistas, não a dos patrocinadores. É ela que beneficia a formação de espectadores, não de consumidores. É ela que expressa interesses sociais, avaliados e cobrados pelo Poder Público, numa inversão total do privatismo empresarial que impera no uso das verbas públicas. Filha do movimento de grupos teatrais de São Paulo - corporificado nos anos 70 e retomado nos anos 90 - a Lei de Fomento entende a Cultura como um processo de longa duração, não como somatória de produtos eventuais. Não é por acaso que se tornou um modelo para todo o Brasil. Não é por acaso que as outras categorias artísticas, motivadas por seu exemplo, têm procurado superar a fragmentação e a competitividade impostas pelo mundo do trabalho precarizado para reinvindicar a mesma atenção pública. As acusações feitas à Lei de Fomento resultam da ignorância quanto a seu funcionamento ou da sujeição completa à mercantilização da vida. As suspeitas quanto à sua honestidade resultam da incapacidade em compreender a ação do Estado fora dos mecanismos do compadrismo, do estrelismo e do mando autoritário. Contra o predomínio das abstrações financeiras, contra o esvaziamento do debate político da Cultura e contra as descontinuidades eleitoreiras e seu princípio perverso da tábula rasa, o movimento dos grupos teatrais de São Paulo vem a público exigir: que a Lei de Fomento seja imediatamente aplicada;que seu exemplo leve à criação de novos programas públicos de Cultura nas esferas municipal, estadual e federal; que o Estado assumas suas responsabilidades.
A Arte, entre outras tarefas, está aqui para nos lembrar que nosso tempo e nossa vida são agora.
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Por um teatro materialista
Por Márcio Marciano e Sérgio de Carvalho A Companhia do Latão tem debatido internamente algumas questões que dizem respeito à sua utilidade como produtora de representações. Para se opor aos modos hegemônicos da atividade artística numa sociedade orientada pela lógica do Capitalismo tardio (cujo corolário é a transformação perene da cultura em mercadoria e da mercadoria em cultura) essa reflexão deve provir de uma ação cultural como prática política. Procuramos resumir os temas debatidos nos itens expostos a seguir: O que dá sentido político ao teatro é a forma como se organizam suas relações de produçãoÉ na sala de ensaios que tem início o processo de politização do Teatro. O modo como se organizam as relações de trabalho entre os integrantes do grupo determina o caráter político da encenação. O esforço para que seja superada a divisão entre trabalho material e trabalho espiritual na construção da cena deve se estender, numa segunda fase, à relação com o público. A politização do ensaio contagia a forma do espetáculo e abre uma nova perspectiva de recepção crítica. A forma processual da obra - decorrente da atitude coletivizante do trabalho - suprime as hierarquias entre os artistas no palco, desmistifica a imagem artística, e busca tornar companheiros de jornada simbólica os homens do palco e os da platéia. O que determina o valor da produção artística é seu valor de usoSubmetida aos padrões do mundo da mercadoria, a produção artística é levada a alienar sua utilidade em favor da pura circulação. Como uma sandália que não se destina mais ao pé, mas feita para ser vendida, o artista passa a trabalhar para ser reconhecido como artista, gasta sua energia produtiva e econômica para aparecer nos jornais, para ser valorizado como mercadoria da cultura. Torna estética não sua obra, mas sua condição de mercadoria. Afasta-se dos conteúdos da arte e estetiza, em abstrato, seu modo de ser. Comporta-se como as mercadorias, cuja aura construída pouco provém do conteúdo do produto e muito das emoções genéricas que lhe são atribuídas. O artista, assim constrangido, persegue toscas imagens da celebridade enquanto lamenta idealisticamente a corrupção dos valores artísticos. A crítica ao império da circulação é, contudo, insuficiente. Pode levar à defesa da arte absoluta, de que a obra encontra seu fim no seu sentido puramente estético. Para nós, não se deve ter medo do debate sobre a função da arte. Consideramos legítimas quaisquer utilizações pedagógicas, assistenciais e humanitárias da arte, ainda que nossa pesquisa seja de ordem estética. Estética naquele limiar em que a estética deixa de ser estética: nosso interesse artístico é a reativação da luta de classes. É necessária a invenção de alternativas de circulaçãoA lógica da circulação impregna e confunde os produtores da arte. Inocula nos organismos da cultura doenças como o marquetismo, o personalismo, o agradismo hedonista. A crítica à mercantilização da arte é inoperante se o trabalho artístico continua preso aos ditames de uma imprensa cujo critério de verdade provém das pesquisas de mercado. De outro lado, a produção que conta com o apoio estatal não está preservada da influência mercantil quando apenas - no desejo de corresponder ao sentido público de sua missão - confere aparência "social" aos seus produtos, sem alterar conteúdos e práticas teatrais. Os produtos da cultura devem servir a processos coletivos, e não o contrário. Por isso, novos modos precisam ser inventados: associações de espectadores, contatos com movimentos sociais, intercâmbios entre grupos. Cabe também aos artistas a organização de novos sistemas de circulação de suas obras. Não basta a interlocução isolada entre produtores culturais, à margem da sociedade. É preciso produzir formas capazes de incluir a sociedade como um todo numa perspectiva revolucionária.Anticapitalismo, pesquisa estética e revoluçãoA pesquisa estética terá sensibilidade revolucionária quando desenvolvida por produtores empenhados em um projeto coletivo anticapitalista.
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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Os nosso intelectuais estão massagiando o egos em seus altares

os intelectuais devem aprender a usar as palavras como qualquer um usa um palavrão... um vai tomar no cú é entendido por todos... temos que nos livrar de termos que deixam os discursos parnasianos demais... para o gosto popular, temos que aprender com o mito da bunda como simbolo nacional... que todo temos cú. Não falo do aspecto dominador machita que esse simbolo tem mais sim como ele é democratizante... não falo da bunda redondinha que aparece desnuda e permetida pela igreja nos dias do carnaval, falo de todas, as com bexigas, as com acne, as com celulites, as peludas, as realmente cidadãs todos temos... e morreremos com... aprendam de uma vez a usar a bunda pra falar de igualdade, nãos palavras que separam todos os cidadãoes dos egos dos senhores! Por favor vão tomar no olho do cú!!!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Monografia Sensações sobre o Japão

DIÁRIO DE BORDO
SENSAÇÕES SOBRE O JAPÃO


Monografia apresentada à Universidade de São Paulo como requisito parcial à obtenção do Certificado de conclusão de curso de especialização

Orientador: Michiko Okano


São Paulo
2009
A proposta inicial é sempre o autoconhecimento, mas é muito curioso auto conhecer-se em uma cultura que presa a coletividade para manter-se coerente, não serei com certeza 100% científica nesta monografia, acho essa constância e obsessão pela constatação empírica, além de tediosa é: obsessiva, em se tratando de ciências humanas. Posso sim falar ao leitor, o que senti perante a pequena ponta do iceberg desta cultura fascinante, portanto útil ou não, falarei o que aprendi, já que é o mais obvio a se fazer quando estamos em um ambiente que presa o um pelo todo, como no Brasil ocidental conhecido, mas será?
Tenho Tevê a cabo em casa, para os delírios dos zappinhadores, desfruto de alguns canais de países muito distantes, um deles é uma pequena ilha, não menos importante, mas pouco conhecida, chamada Japão, o que todos ou muitos sabemos é que quando lá é noite aqui é dia, um fato curioso, pois de acordo com o astro reis, até nisso os japoneses estão a frente de nosso tempo, o que nos dá margens para pensarmos no tempo-espaço japonês, ou melhor terráqueo, em fim, sempre que coloco no canal Japonês, existe algo onírico e plástico passando, o que difere da minha primeira impressão em meu momento de aterrissagem, mesmo não entendendo muito a língua, da para perceber como Brasileira que sou, que eles estão escondendo algo, é tudo muito certinho, beirando a felicidade plástica de seus bonecos BUNRAKU, tudo fez sentido. Deste modo quando me deparei com nossa sensei (e muito mais) Michiko em sala de aula, repito aprendo com sensações, o que senti toda vez que sutilmente ela dava bronca em quem chegava atrasado a aula, ou em alguém que falava algum absurdo, me estralou na cabeça assim como em meu radar de jeitinho (falo isso piscando o olho esquerdo): isso é Japão, o que me deixou confusa a separá-lo de nossa sutil capacidade brasileira de fingir muito bem.
Eureka! Descobri o ponto em comum daquilo para aquilo outro, o Brasil oriental que estava procurando! Fiquei sabendo então que o Japão através das épocas desenvolveu um extrativismo cultural unilateral: a cada período que houve uma abertura de mundos sempre era de forma unilateral, não como os greco-romanos que misturavam e agregavam, mas o japonês “repagina” ao seu estilo tudo que lhe é agregado isto cria uma cultura ímpar de tempo e espaços peculiares ao modo geométrico do ocidente ver as coisas, um exemplo forte é a descaracterização do individuo pelo todo, o coletivo predomina pelo uni, todo o movimento e ação japonesa são movidos para o bem comum e para o coletivo, trazem isso com a idéia de MUHA (vila / aldeia / escola / empresa) onde o que impera é o bem da colheita de arroz, bem comum da empresa, manter a ordem na escola, estabelecer coesão, o coletivo, a segurança em detrimento da liberdade individual, fazia-se e fazem sempre tudo de acordo com uma entidade grupal, uma áurea, protetora e porque não: mantenedora da ordem, nesta vila você tem sua honra como a coisa mais importante, cria-se formas de tudo funcionar, como o KONE que é o convencimento de todos para uma decisão unânime antes do voto final da mesma decisão, ou o IJIME, que é a exclusão de um distante, um certo, Bullying permitido e aprovado na entrelinhas de crianças ou jovens capaz de isolar pessoas “diferentes” da sociedade ideal japonesa ou a capacidade da morte perdoar qualquer desonra, coisas incompreensivas para nossa vasta cabeça preocupada com o sucesso individual.
Afinal, é uma busca também pelo sucesso, mas o sucesso da constância, o sucesso do Japão como um todo, aqui estamos acostumados com o cada um por sim, e para eles o cada um não existe simplesmente, interessante? Aprofundo na questão e descubro que o buraco é bem mais embaixo, para eles o SOTO (fora) é sempre um estranho que deve mater-se perto do UCHI (interno) assim todos os movimento até os divinos (dos Deuses andarilhos) são de fora para dentro, e para o soto resta o TATAMAE a aparência, a maquiagem ou o OKURIMONO, aquele presentinho de fim de ano, sabe, daquela tia do interior que você certa vez hospedou em casa, aquela compota de doce, ou toalha de mesa com renda, isso é o padrão no Japão, manter a aparência a meninice a sutileza do: isso não te interessa, e por falar em renda, não posso esquecer nunca da perfeita analogia do TEMPURÁ que aprendi que se deve consumir fresco e se possível feito na hora, mostrando também o quanto esta constância é inconstante e o acaso deve ser respeitado assim como um Deus, mas porque tudo isso, sim, quero compartilhar aqui como um MABEMONO (jantar japonês onde todos comem na mesma panela) minha idéia, de trazer e mostrar o beneficio de ser como um japonês, mostrar a importância talvez do SHIZEN do valor do cosmos, da coexistência que eles tanto valorizam, e como isso combina perfeitamente com a plasticidade de suas vidas, acho sim que todos deveríamos ir além, e pensar como um pedaço do todo um CHÔKANZU (vôo de pássaro) não enxergar mais as coisas de maneira unilateral, minha para o mundo, mas sim integrar a forma cósmica de ver as coisas, e por isso temos sorte sim de estarmo nesta terra onde há uma das maiores colônias japonesas do mundo.
Explico sim porque! Neste diário de bordo notei que no Japão, o que importa é o caminho a ser trilhado (longe de mim, ter a pretensão de escrever verbetes de biscoitos de restaurantes orientais) e que tudo está, além de aliado à natureza, em construção, como se a vida em sim de uma pessoa só não mudaria em nada o caminhar do cosmos, o que nos choca e nos faz pensar em pensamentos paradoxais: como o Japones pode querer tanto a estabilidade de emprego (costumam ficar 60 anos em uma empresa) e ao mesmo tempo confiar sua vida ao acaso? Exatamente! Ai está um dos espaços-tempo do Japão, o aqui e o agora nos faz valorizar o momento, SAIBU, os detalhes, assim o caminho não é tão trilhado e coerente mas nos surpreende como pedras de um mosaico, existem, pontos chaves no caminho do jardim que vão sendo preenchidos de forma não linear, como eu jugo, seja a própria vida, ou não?
AH SIM! CHIJIME o minimalismo a essência, a redução à exaustão dos detalhes como as mascaras NÔ (mascaras que não tem detalhe de expressão quase que nenhum) o valor da sombra de como a natureza age, o valor do vazio do silêncio para prestarmos atenção em que realmente importa. Assim como esse texto, que não precisaria dessa overdose barroca brasileira, mas sim de apenas um HAICAI como este tirado de um livro de Afrânio Peixoto, de 1928, intitulado "O haikai japonês ou epigrama lírico - um ensaio de naturalização":

"Anch'io"
Na poça de lamacomo no divino céu,Também passa a lua.
Tudo isso para compreender o espaço-tempo MA, tese da Michiko personagem que encarecidamente nos emprestou com afinco seus pensamentos, sobre tudo isso, através de meu cérebro tatame, onde passa de tudo, conectei o espaço MA em alguns elementos aqui em nossa terra, que esta bem próxima a natureza, mas muito distante dela, como talvez a capacidade brasileira de se aproveitar virtualmente do tempo para tomar decisões, ou como, um som de cuíca em uma escola de samba findo carnaval, onde sua sonoridade é como um choro do BUNRAKU, ou um procissão a caminho da fé, ou um canto fúnebre perante um morto, ou a caminhada de muitos migrantes feita a pé do nordeste até alguma capital, o que nos torna semelhantes ou seres intermediários e também como uma variação da mesma coisa, mestiços com muita porcentagem japonesa. Alguns aspectos brasileiros, nos tora bem japoneses, a antropofagia, que acho sentimento legitimo, nos tornou um povo meio TEMPURA, só que requentado, o interesse incessante, por exemplo, do japonês de saber qual é sua colocação superior ou inferior, ao grupo, aqui é levado muito na esportiva, a ponto de você em situações burlescas confundir o empregado com o patrão, e visse e versa. Certa vez eu estava conversando com um amigo meu mecânico que já trabalhou na Toyota do Brasil, ele disse que em um encontro com os diretores, o chefe dele pediu para ele ir de terno já que se tratava da diretoria, chegando ao tal encontro, todos s diretores, segundo ele, estavam de calças jeans, e bonés, um dos diretores Japoneses, foi direto a ele e o cumprimentou, o agradecendo pelos ótimos números que a loja de São Paulo vinha trazendo, ele virou ao tradutor e disse Avisa o Japonês ai que eu só sou o mecânico... O chefe dele o queria constrangido e por isso o obrigou a colocar terno, o que nessa situação ficou de certa forma engraçado... e é mais ou menos assim que nos encaixamos no mundo por aqui...
Então irei tecer meus comentários e comparações assim como um caminho a ser interpretado e não um caminho que leve a algum fim, nós aqui no Brasil somos seres pitorescos, temos horror ao vazio, não o respeitamos em sua forma natura, como parte do todo, triste erro! Pois agimos literalmente de acordo com as possibilidades do vazio, tratamos os outros a princípio, ou até ouvirmos: você sabe com que está falando! Como café-com-leite, onde posso conseguir a vantagem neste meio, assim saindo sem quase nenhum dano de muitas crises e dificuldades cotidianas, contando sempre com o coletivo: Seja o que Deus quiser! Encarando o nosso SOTO sempre de uma forma maquiada, de segundas ou terceiras intenções, exportamos tudo e importamos tudo a mesma hora e lugar em uma velocidade singular, com uma quase que sociopata capacidade de se relacionar com o diferente (salvo exceções), não nos enchemos de maquiagem por aqui, pois nossa proximidade com o diferente nos é intrínseca, mas também cheia de poréns... Concluo que o que aprendi será essencial para a vida, e para entender um pouco como é o Brasil oriental, e como usamos das sutilezas de nosso exagero de uma forma a nos parecer bastante ao japonês em alguns aspectos da vida cotidiana, somos diferentes, mas somos seres de meio de caminho, dos quais a miscigenação nos torna espaços-tempo em processo. Então digo que o ponto comum entre o tempo japonês e tempo brasileiro talvez seja exatamente, o ser humano brasileiro sempre em construção, aliado a todas as praticas que nos torna também peculiares no mundo. Enquanto aprendemos aqui como nos salvar das coisas inesperadas causadas pelo humano, como crimes, corrupção, burocracias, falsidade, o japonês (não que não desfrutes destes raríssimos momentos também) encaram os inesperados terremotos e furacões com seus portáteis BENTÔS (marmitex sofisticados e preparados com muito cuidado) bem organizados, seus guarda-chuvas transparentes na direção da chuva (para se enxergar o passante a frente durante uma tempestade) e sua loucura organizacional de fingir estar tudo bem, mas chorando a noite em seu UCHI particular, assim sendo, gostaria de sempre ter a oportunidade aberta de usar o conhecimento que me foi passado de uma forma bem brasileira e transformar o modo de pensar sobre o Japão para aproximarmos nossos universos de forma plural onde povo aprende com povo, por tanto isso não para por aqui!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Cura para Depressão?

Algo assolava a mente humana ou nada era o nome, como se todos fossemos uma coisa que não deveríamos ser únicos, essa sede pelo individuo que satã trismegisto reconforta e incentiva todos os dias nos travesseiros dos ditos “vencedores” é o que nos faz regorjear todos os dias nos almoços sós ou em família, deixamos a tevê muda, a fé muda, os médicos mudos, o fígado entupido de remédio e de tanta compilação, li outro dia nesses passatempos, põem-se duvida os remédios contra o mal do século, é lógico, é fácil dizer isso a causa não foi e nunca será conhecida se o nosso humanitas continur caminhando com passos largos para a maldita, bastarda, e inglória, evolução, guspa na cara vocês todos, de alguém que como eu ficou três meses de cama, sem sentido nenhum para a vida, com a cabra da morte berrando nos ouvidos, “ lero lero, estou perto de você”, venci, afinal nesse mundo de bosta é a única coisa que nos ensinam a fazer vencer, seja você até um segundo lugar, estou aqui escrevendo algo que se tocar e agradar ao público me dará valor... e ai que ta a bosta, Midas tudo que se toca hoje é ouro, tem um valorzinho agregado, e enquanto isso crianças vão se matando... e morrendo a alma que outrora não sabia o valor das coisas, a resposta não tenho, eu? A nós não foi dado nada, as chances de escolhemos outros caminhos, já se dissipou, a reação alérgica ... meus queridos... a Depressão, sim o preço de vendermos a alma tão baratinho... não proponho igrejas, nem nenhuma solução esdrúxula, livros nada irá nos curar, sem antes entendermos, que a falta da libido, pode estar na falta de alguma coisa que a humanidade deixou para trás, e que o mercado fez o favor de transformar em mercadoria, e diante de tanta oferta e procura de cura, eis que vos chega, placebos e pessoas incapazes de compreender, de olhar nos olhos e dizer e se derrepente essa pessoa, não está doente... eu e que estou, não temos que inventar outro mal a se curar mas desinventar talvez a loucura... recomendo a todos o Alienista de Machado, talvez entendam a complexidade, de colocar preço, e valores, em frases como, “mas nunca lhe faltou nada!”